Agricultura

Projeto mantém carbendazim até registro de substituto

Parlamentares se mobilizam em Brasília para que o fungicida carbendazim permaneça no mercado até que outra molécula seja aprovada para substituição. Através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), a iniciativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) alega que o perigo existente na utilização do pesticida “está na dosagem e na forma de manuseio”, de acordo com nota oficial enviada ao Agrolink.

 

“A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação e a receita agronômica com a quantidade necessária do produto garantem a saúde da planta, do alimento e do produtor rural. Trata-se, ainda, de um pesticida usado no tratamento das sementes, com baixíssimo risco para os consumidores. Aos aplicadores, basta usar os equipamentos obrigatórios e a técnica correta de aplicação”, afirmam os parlamentares.

Além disso, alegam os parlamentares brasileiros, a reversão da decisão tomada nessa semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se justifica também “diante do impacto que a restrição de Carbendazim pode causar no ambiente produtivo, econômico e social do Brasil, com relação aos cultivos de soja, milho, algodão e o feijão”.

“Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício. A medida traz prejuízos aos produtores rurais, especialmente porque a substância permanece sendo utilizada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Equador, além da Costa Rica e Honduras. Completam a lista de países que utilizam o Carbendazim, a China e a Austrália”, argumentam os políticos.

O deputado José Mário Schreiner, membro da FPA e vice-presidente da CNA, é o autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), e sustenta que a “não utilização do carbendazim afeta, de forma providencial o valor” dos itens básicos de alimentação, o que vai provocar mais inflação.

De acordo com ele, “o aumento do custo de produção, em virtude da retirada do carbendazim, afeta o preço da soja e do milho que impactam nos preços dos produtos de origem animal (aves, ovos, carnes, embutidos e leite)”.

“O aumento do custo de produção da soja também impacta os preços de óleo de soja e margarina. Algodão impacta além de roupas e tecidos, itens como roupa de cama, colchão, tapetes e cortinas”, conclui o líder da FPA.

Informações Agrolink